quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Coragem





Foi preciso coragem para  desistir, para mudar
Coragem para voltar
Depois de já ter muito caminhado
Deixar para trás
Tanta coisa construída
Mas que não me servia mais
E começar de novo
Tentar outra vez
Um caminho novo
O caminho certo
Aquele que eu escolhi
Aquele que eu decidi trilhar
Conscientemente
Foi preciso coragem para atender
aos desejos da minha alma
Para ser muito forte...
Quando a coragem vem
Tudo transforma-se
A gente cresce, expande
E tudo o mais fica pequeno:
Os medos, as angústias
Tornamo-nos imensos
E a vida, leve, bela
Sentimo-nos livres, seguros
Porque encontramos a nossa força interna
Que nos impulsiona sempre para frente
Que garante a nossa paz, o nosso equilíbrio
Constantemente
Eternamente
E apenas isso basta
Apenas isso nos preenche
Nos completa
Nada mais importa.


Luciana Marinho

Nossa Língua Portuguesa


A língua é dinâmica e sofre transformações no tempo e no espaço, de acordo com a região ou do momento histórico em que vivem os falantes. Nossa língua materna, apesar de ter sido trazida pelos lusitanos, possui muitas distâncias e características muito peculiares.


Se a nossa língua-mãe e avó é portuguesa, podemos dizer que a nossa língua-bisavó é o latim. Hoje, língua morta, deu origem a diversos idiomas como o inglês, o italiano, o francês. A língua só existe, óbvio, porque as pessoas a utilizam para se comunicarem. Por isso, é inteiramente afetada por essas pessoas que vivem em diferentes lugares e possuem culturas próprias.


A língua é produto cultural, é reflexo da visão de mundo de um povo, daí o seu caráter dinâmico e rico. Nossa língua é tão rica porque sofreu influências dos negros africanos, dos indígenas, além dos portugueses. Além disso, mudou no tempoe nos diversos espaços do nosso imenso território.


A língua constrói-se e transforma-se a todo momento em um movimento dinâmico e dialético que se faz em virtude da comunicação humana. Como dizia a música “Língua” de Caetano, ela roça na de Luís de Camões, aproxima-se, mas não é igual. Ela é só nossa, construída pelo nosso povo que a enriquece com a nossa maneira própria de viver.

Luciana Marinho

Estereótipos e a Felicidade

A todo instante, a indústria cultural bombardeia-nos com estereótipos de beleza e de poder que aparecem nas mais diversas mídias. O sucesso é “medido” pela quantidade de coisas que as pessoas possuem, pelo saldo da conta bancária, pelo cargo que ocupam, pela beleza física.  Construiu –se uma concepção de mundo em que a realização pessoal e até profissional estão associadas a esses estereótipos . Parece ser impossível ser feliz de outra forma.
Isso afeta também os relacionamentos afetivos. As pessoas escolhem um companheiro que preencha os requisitos de alguém “bem-sucedido”. E assim,   esquecem-se de olhar o que realmente importa, enxergar o que as pessoas , verdadeiramente são, além das belas feições, do corpo definido, do status profissional ou da riqueza material. Tirando essas coisas, o que lhes resta? Muitas vezes, não sabemos. Muitas vezes, nada.
Os estereótipos colaboram para a perpetuação de valores distorcidos acerca do que é a felicidade, do que nos alimenta, do que nos torna plenos.Contribui para a exclusão de uma maioria que nunca vai se enquadrar no padrão e para a alienação da minoria que acredita ser feliz porque possui uma muito dinheiro no banco, ocupa um cargo elevado ou é a cara do Brad Pitt.

Há tantas pessoas de sucesso que não conseguimos enxergar porque nossa ótica é distorcida, nossas lentes, embaçadas. Pessoas que nos enchem de felicidade, que tornam a nossa vida mais leve, mais bonita. Pessoas tocar e sentir, com quem podemos falar e ouvir. Pessoas de verdade, carne e osso, sentimentos verdadeiros, suor e sangue, lágrimas e sorrisos.Pessoas que , em qualquer circunstância, em qualquer tempo, tornam-nos mais felizes.

Luciana Marinho

domingo, 2 de outubro de 2011

Pássaro ou Lesma?



Possuímos igual capacidade de sermos pássaros ou lesmas, no entanto, arrastamo-nos muito mais do que voamos. Por quê?



Podemos escolher entre aprender com as dificuldades ou permitir que elas nos destruam; enxergar um pedregulho ou uma montanha intransponível. O homem-pássaro é aquele que possui uma visão ampla da vida, é aquele que enfrenta os desafios, que se permite. Vive sem acumular dores ou mágoas porque só leva o que não lhe pesa. Não carrega o peso do passado nem preocupa-se com o futuro. Vê o mundo como uma criança: belo e mágico! Sonha e vive os seus sonhos. Faz tudo o que escolheu fazer, com prazer, com vontade. O homem-pássaro tem consciência da sua força infinita, tem consciência das suas asas, por isso é leve e VOA.




O homem-lesma, por sua, vez, possui uma ótica diferente. Não tem consciência de suas asas e, mais que isso, vê-se desprovido de qualquer força e coragem. A vida lhe pesa imensamente. Carrega o fardo de tudo o que viveu e vive angustiado, inseguro com o futuro. Enxerga o mundo como a maioria dos adultos: com muita seriedade. Sua vida é tão difícil de viver, tão sofrida... Mas não há o que fazer! Esse homem conforma-se para não sofrer mais. Acomoda-se com uma vidinha vazia, abandona a si mesmo. Não enxerga a sua força e, por isso, a sua vida é tão pesada, ele anda vagarosamente, ARRASTA-SE.

A falta de consciência que temos da nossa própria força, do nosso enorme potencial de transformação, de auto-realização, da nossa capacidade criativa de reverter tudo a nosso favor, faz com que a gente arraste-se ao invés de voar.


  Luciana Marinho