Dançando Negro
Quando eu danço
Atabaques excitados
O meu corpo se esvaindo
Em desejos de espaço,
A minha pele negra
Dominando o cosmo,
Envolvendo o infinito, o som
Criando outros êxtases...
(...)
(...)
Quando eu danço há infusão de elementos,
Sou razão!
O meu corpo não é objeto,
Sou revolução!
Éle Semog
O Vento
Disperso-me por aí
Feito brisa
Depois
Me rejunto e chego como ventania
Derrubo coisas
Varro a casa
Safadamente
Devasso a monotonia
Talvez eu seja um vento mau
Talvez injusto pra quem tinha olhos postos no horizonte
Não me desespero
E não quero
Ser feliz de outro jeito
Landê Onawale
Cadernos Negros: Os Melhores Poemas.São Paulo: Quilombhoje,1998.
Nenhum comentário:
Postar um comentário