Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a ‘canção da criança’.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção. Logo, quando a criança começa a sua educação, o povo se junta e lhe canta sua canção.Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção. Finalmente, quando sua alma está para ir0se desse mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na viagem.
“Nessa tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção. Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então lhe cantam a sua canção. A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo: é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos a nossa própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém. Teus amigos conhecem a ‘tua canção’ e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.Eles recordam a tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando está quebrado, tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso.
Phanem, Tolba. Canção dos Povos. Disponível em<www.ensinoafrobrasil.org>Acessado em 18 mar.2008
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