sábado, 26 de fevereiro de 2011

Rubem Alves

  Segundo ele¹ mesmo, escreve com uma “intenção gastronômica”; quer que seus textos “sejam comidos com prazer”, que seus escritos “dêem alegria”, “que sejam lidos e degustados”.
 É exatamente tudo isso que acontece comigo. Degusto o que ele escreve com prazer, seus textos me enchem de alegria, alimentam a minha alma.
Seja verso, seja prosa, tudo o que ele escreve (o pouco que li) é cheio de beleza, de poesia, de leveza. A sua prosa ou a sua poesia é carregada de lirismo, de sensibilidade, de partes de mim.
Parece que quando leio algo dele, minha alma se encontra de alguma maneira. E são pouquíssimos os escritores que conseguem isso: tocar a alma com a palavra.
Rubem Alves se permite ao devaneio, ao sonho, à loucura (muito mais sã). Apesar de mágico, esse é um universo real, seu cotidiano. A magia da vida escondida no quarto de um sobrado colonial, no éden guardado no jardim da sua casa...
Mostra um mundo novo, perdido em algum lugar da nossa alma, da nossa memória. Um mundo que instiga, inquieta e, por isso, convida o homem a construir no vazio, a voar, sem temer os abismos.
 Rubem fala à nossa alma e a ela alegra, alimenta e acalma.
  1- Rubem Alves é educador, psicanalista, teólogo e escritor brasileiro.
Luciana Marinho

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